"Duvida que do céu a abóbada azulada
Tenha esferas de luz de um mágico esplendor,
Duvida que seja o sol o facho da alvorada,
Duvida da verdade em tua alma gravada (...) "
Do chocolate quente sai fumacinha e dá vontade de ficar segurando a caneca para esquentar a mão.
Ele passou o braço sobre o ombro dela e encostou a testa em sua cabeça. Ela parecia tão pequenina! E ela sorriu e levou a caneca até a boca e ele sentiu a fumacinha esquentando seu rosto.Ventou. Ela se arrepiou e ele a apertou nos seus braços e por causa disso ela se arrepiou mais ainda. Ele ficou preocupado, mas ela fez cara de 'dona da situação' e disse para ele não se preocupar.
O chocolate acabou. Ela colocou a caneca na mesinha e se aconchegou nos braços dele: "Não encontro muitos meninos quentinhos que cheiram Armani". Ele fingiu uma cara de surpresa: "Isso é muito imprevisível vindo de uma menina que cheira Calvin Klein". Ela segurou a mão dele, mas os dedos dele estavam gelados: "Que decepção! Agora não posso esquentar minha mão". "Encontra um menino de mão quentes e dá um perfume da Armani para ele. Não é o suficiente?", perguntou ele fingindo um ciúmes bobo. "Não", disse ela firme e extremamente séria. "Por que?", perguntou ele com uma certa insegurança.Ela olhou nos olhos dele: "Porque eu amo você!"
E ele apertou mais ela entre os braços. "É, menininha bonita, parece que estamos juntos nessa!"
Ela sorri da lembrança, termina o chocolate, passa um perfume da Calvin Clein, como fez a tempos atrás, e vai acordar o menino que cheira Armani para mais um dia de trabalho.
" (...) Mas não duvide nunca, oh! Nunca,
D'este amor. "
(Willian Shakespeare)