segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Alegoria das metas.


A verdade é que para chegar em lugares altos, o voo precisa ser alto também. Sempre que voamos, corremos o risco de cair e quanto mais alto se voa, maior é a queda. Cair dói. Dói muito. Ainda mais quando a queda é grande.
No fim de tudo, alguns levantam e voam tão alto quanto antes, se não mais. E em cada altura alcançada, pode ser vista aquela força enorme de quem consegue levantar.
Existem outros que depois da queda começam a voar mais baixo, numa altura segura. Mesmo que isso os faça desistir de chegar em lugares altos. É um voo cômodo, que faz com que estejam acima da maior parte e que cheguem em lugares que nem todos chegam.
E ainda há aqueles que começam a se arrastar, com medo de novas quedas. A dor os consomem de tal forma que eles desistem de lidar com ela. Esses passam a criar os mitos de quão impossível é chegar em lugares tão altos, mitos que acabam fazendo com que muitos nem pensem em abrir as asas.
A queda nem sempre é opcional. Mais cedo ou mais tarde, todos os que voam caem. E cair, dói. Dói muito.
Por mais que a queda não dependa só da gente, a altura do nosso voo é uma escolha nossa.
Por mais que muitos já tenham chagado nos lugares altos, só têm força o suficiente para permanecer nesses lugares aqueles que, de cada queda, fazem um nova e mais alta subida.

Um comentário:

  1. Ah Ariela, e vc como sempre tão condizente com aquilo que sinto e neste caso precisava ler.
    Tão cabivel e tão belo.
    Obrigado e parabéns.

    ResponderExcluir

Brindará também o surreal?